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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ética, Política e Dinheiro


Dinheiro embaixo do colchão?

Fica a curiosidade, esses políticos, que as imagens que percorreram o mundo mostraram recebendo dinheiro de um assessor de alto escalão do governador Arruda, onde será que eles armazem os dinheiros que eles receberam do suposto “caixa 2”? Em suas poupanças ou contas corrente eles não irão depositar, haja vista que a RFB hoje cruza informações bancárias e eles seriam, cedo ou tarde, convocados a prestar informações de onde conseguiram tanto dinheiro.


Passei a noite pensando, isso leva tempo, pois pensar como um político corrupto pensa é complicado, até porque no dicionário de alguns políticos (pois são minorias), só existe poucas palavras e/ou frases, e dentre elas a que eles mais praticam: “não ser pego”.


Cadê a ética no serviço público? Vou tentar esclarecer melhor sobre à questão da ética no serviço público. Mas, o que é "ética"? Contemporaneamente e de forma bastante usual, a palavra ética é mais compreendida como disciplina da área de filosofia e que tem por objetivo a moral ou moralidade, os bons costumes, o bom comportamento e a boa fé, inclusive. Por sua vez, a moral deveria estar intrinsecamente ligada ao comportamento humano, na mesma medida, em que está o seu caráter, personalidade, etc. Quando falo sobre ética pública, alguns pensam em corrupção, extorsão, ineficiência, etc, mas na realidade o que devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço público, ou na vida pública em geral, é que seja fixado um padrão a partir do qual possamos, em seguida julgar a atuação dos servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, entretanto não basta que haja padrão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético, acima de tudo.


Na Câmara Legislativa de Brasília, cinco pessoas terão a responsabilidade direta de definir o destino do governo José Roberto Arruda, que enfrenta sete pedidos de impeachment.


São os deputados distritais que compõem a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa: Chico Leite, PT, Dr. Charles, PTB, Roney Nemer, PMDB, Rogério Ulysses, do PSB e o presidente da Comissão, Raad Massouh, DEM.


Eles devem julgar a admissibilidade dos pedidos já lidos em plenário. Mas diante do cenário de convulsão, em que pelo menos 8 deputados estão envolvidos com o caso, a última coisa que se pode esperar é a tramitação regular do pedido.


A pressão popular se instalou dentro da Câmara Legislativa. Foi preciso um pedido formal de reintegração de posse para recuperar o mínimo de condições de trabalho. Mas a condição real – a moral – está será muito mais difícil de recuperar.


Um dos caminhos será trabalhar pelo funcionamento ordeiro e eficaz das instituições, inclusive o da Comissão de Constituição e Justiça.


Ah, dentre tantas possíveis respostas de onde colocar o dinheiro, pensei no meu pai, conhecido carinhosamente como Cicinho de Jesus, que costumava, por falta de opção e instrução, colocar seu suado dinheirinho de trabalhador da construção civil, embaixo do colchão; talvez a imagem acima poderia ser mais uma cena real de algum político que conhecemos sendo flagrado.


Antonio Carlos de Medeiros - Dedé





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